Dezesseis pessoas foram presas, nesta quarta-feira (22/09), em mais uma ação de combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro. A “Operação Consórcio”, realizada pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio de Janeiro e Polícia Militar, conta com o apoio das inteligências dos estados de São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Segundo o coordenador da ação, delegado Carlos Abreu, da subsecretaria, a droga principal comercializada pelo grupo, composto de jovens da classe média, era a maconha hidropônica, que tem origem no Paraguai. “Anteriormente, o grupo adquiria o entorpecente com traficantes do Rio, mas depois resolveu criar um consórcio para comprá-la diretamente com o fornecedor”.
O chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, atentou para a forma diferente de atuação da quadrilha. “São jovens de classe média que viram no mundo do tráfico uma maneira de ganhar dinheiro fácil. Eles têm boa formação e não objetivavam o consumo, mas sim a venda das drogas, se aliando aos ‘matutos’, que são responsáveis pela compra do entorpecente no Paraguai e revenda no país”.
Allan Turnowski também falou do modo de vida dos criminosos e alertou para as consequencias que essa nova atividade gera nas famílias. “Eles esbanjavam. Faziam festas, tinham mansões na Região dos Lagos. Podemos impedir nossos filhos de subirem o morro para comprarem drogas, mas não as pessoas que eles conhecem no asfalto. Isso serve de alerta para ficarmos ligados nas amizades que eles têm para evitar dramas futuros”, finalizou.
“O Pedro, chefe da quadrilha, comprava a droga de traficantes da favela. Com o tempo, ele viu que era mais lucrativo se fosse diretamente relacionado com o fornecedor da maconha e deixou o traficante de lado. A partir daí, o criminoso fez consórcio com outras pessoas e começou a negociar com o ‘matuto’”, explicou o subsecretário de Inteligência, Rivaldo Barbosa.
As investigações sobre a quadrilha começaram há quatro meses. Dos 17 mandados de prisão, 13 foram cumpridos. Três pessoas foram presas em flagrante e quatro estão sendo procuradas.
O grupo vendia cerca de 100 a 150 quilos da droga em baixa temporada e a comprava em São Paulo por R$ 3 mil/kg.
Em Búzios, Região dos Lagos:
Pedro Cerqueira Magdalena, o “Gordo”, 27 anos
Carlos Eduardo Lopes da Silveira, 34 anos
Daniel Navarrete Pimentel, o “Beicinho”, 29 anos
Diego Pereira Ribeiro Krause, 24 anos
Daniel de Souza Gomes, 27 anos
Em Niterói:
Gabriel Petrucci da Fonseca, 26 anos
Leonardo Neves de Almeida, 33 anos
André Froes Silva, 31 anos
Marcelo Froes Silva, 28 anos
Marcos Vinícius de Souza Veiga, 20 anos
Em Macaé, região Norte Fluminense:
Sérgio Paloma Torres, o “Serginho do Turano”, 24 anos
Em Guarapari, Espírito Santo:
Gerson Garcia de Cerqueira Neto, o “Gessinho”, Guarapari, Espírito Santo
Em São Paulo:
Identificado como Walter “Gordão”
Identificado como João Paulo
Identificado como Leandro “Titio”
Identificado como Luiz, com quem foi encontrada uma arma 380
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